Duas partes distintas e uma reviravolta que nasceu no banco! Em jogo a contar para a 32.ª jornada da Liga NOS, o Benfica foi à Madeira vencer o Nacional por 1x3, resultado que deixa os insulares numa situação ainda mais delicada.
Comparativamente com o embate diante do Moreirense, o técnico Manuel Machado promoveu apenas uma troca no onze inicial: Ibrahim Alhassan rendeu Vladan Danilovic. Já Jorge Jesus voltou ao 4x4x2 e apostou em Gilberto, Nuno Tavares, Chiquinho, Pedrinho, Franco Cervi e Luca Waldschmidt para o seu onze titular.
A precisarem urgentemente de pontuar para se manterem na I Liga, os alvinegros entraram a todo o gás. Brayan Riascos foi o espelho dessa vontade, com vários picos no corredor (mal) defendido por Gilberto. O avançado colombiano foi o primeiro a criar perigo, mas Helton Leite opôs-se com uma boa defesa para canto.
Quando conseguiu chegar ao último terço, o emblema da Luz pecou na finalização, nomeadamente, por Haris Seferovic. Até ao intervalo, os forasteiros não conseguiram incomodar António Filipe. Do outro lado, Helton Leite teve de se aplicar novamente, para travar a ação perigosa de Éber Bessa.
Depois de uma primeira parte em que viu os insulares dominaram as incidências (10 remates), Jorge Jesus deixou Chiquinho, Pedrinho e Franco Cervi no balneário, lançando Pizzi, Everton Cebolinha e Álex Grimaldo em jogo. No entanto, a primeira chance de golo pertenceu ao madeirenses, que viram Helton Leite impedir o autogolo de Nicolás Otamendi.
Após alguma insistência, Everton Cebolinha trabalhou no corredor esquerdo, ofereceu o golo a Haris Seferovic, mas acabou por ser Pedrão (78') a assinar o empate. Apesar da igualdade no marcador, o Nacional não se conformou e foi em busca da vitória. O Benfica capitalizou a vontade e, em transição, assinou a reviravolta graças a dois tentos de Gonçalo Ramos (81' e 86'), duas vezes servido por Darwin Núñez.
O apito final de Rui Costa acabou por soar e confirmou o triunfo do Benfica que, com o terceiro lugar já garantido, mantém acesas as esperanças no apuramento direto para a Fase de Grupos da Liga dos Campeões. Já o Nacional complicou muito a sua situação e o máximo que pode ambicionar é a permanência via play-off de despromoção/promoção.
Jogo dinâmico e de fácil gestão para a equipa de arbitragem liderada por Rui Costa. O juiz portuense manteve o critério nas faltas e na exibição de cartões amarelos. Quanto ao VAR, esteve bem em anular o golo a Nuno Tavares (há falta de Lucas Veríssimo sobre Pedro Mendes) e em não assinalar falta para penálti de João Vigário (tinha os braços junto ao peito, sem fazer volumetria).
Duas partes distintas do Benfica. Na segunda parte, Jorge Jesus colocou alguns dos titulares em jogo e a diferença fez-se sentir. A pressão sobre os alvinegros aumentou, os golos surgiram e os três pontos foram confirmados.
Com o acesso direto à Liga dos Campeões mais difícil (ainda é possível) e o terceiro lugar garantido, Jorge Jesus aproveitou para dar oportunidade a unidades menos rodadas. Contudo, a equipa não mostrou vontade dentro de campo na primeira parte e foi preciso o técnico das águias recorrer ao banco para arrancar a vitória.