Dez. É o número de derrotas consecutivas do Nacional da Madeira no Campeonato, a última delas, esta quinta-feira, na deslocação dos insulares a Tondela (2x1), onde a equipa de Manuel Machado chegou a estar a vencer, mas permitiu que os beirões dessem a volta ao guião e terminassem a partida da 28.ª jornada com os três pontos na mão. E respira-se cada vez com mais confiança na Beira Alta!
Ao quarto jogo no comando técnico do Nacional, Manuel Machado tinha uma oportunidade de capitalizar a boa exibição da sua equipa diante o FC Porto (0x1), aquelas vitórias morais como se diz na gíria futebolística, e entrou predisposto a mudar a história recente, com uma postura muito confiante e agressiva, no bom sentido, claro está.
Não foi logo aos 8 minutos, lá apareceu aos 14'. Rúben Freitas colocou o esférico em João Camacho, com uma bola picada entre Ricardo Alves e Filipe Ferreira, e o camisola 7 dos insulares recebeu de peito, ajeitou e fuzilou a baliza auriverde. Sem hipótese de reação (e defesa) para Trigueira.
Ainda assim o ímpeto ofensivo inicial do Nacional sofreu um duro revés pouco depois. Tudo muito rápido, tudo bem feito e golo. Simples. Mario González veio buscar jogo atrás, rodou e partiu em direção à baliza contrária e assistiu Jhon Murillo para o 1x1. Um passe delicioso por entre os centrais, que contou com a melhor finalização de Murillo.
O momento não é propriamente o melhor, muito longe disso, mas a verdade é que o Nacional reagiu relativamente bem ao golo sofrido e terminou a primeira parte com mais duas boas oportunidades para passar novamente para a frente do marcador, uma delas que resultou numa defesa assombrosa de Trigueira, a negar o golo a Alhassan em cima da linha de baliza.
Aos 60', o capitão tondelense, Ricardo Alves, consumou a reviravolta, ao aparecer muito bem na área para desviar a bola vinda do pé esquerdo de Filipe Ferreira para fora do alcance de António Filipe, que impediu perto do fecho do encontro o terceiro.
Antes disso, Nuno Borges, lançado aos 80 minutos, recebeu ordem de expulsão, aos 85', e em superioridade numérica o Tondela conseguiu contrariar a vontade do adversário em chegar perto da baliza de Trigueira - nota ainda para a defesa do guardião beirão a remate de Camacho, aos 77'.
Por fim, em tempo de descontos, Rafael Barbosa teve a oportunidade para anotar o 3.º, mas não conseguiu bater António Filipe na marca dos onze metros. Por duas vezes. Leu bem, caro leitor. Por duas vezes. Manuel Oliveira mandou repetir a grande penalidade, depois do médio desperdiçar, e Barbosa voltou a... falhar. Sem consequências para o resultado final.
O Tondela entrou praticamente a perder no jogo, mas teve a capacidade para dar a volta ao resultado e terminar a partida com os três pontos. Uma das principais armas do conjunto de Pako foi mesmo a transição ofensiva. Letal.
Pese a derrota, o Nacional teve uma atitude muito interessante em campo, sempre em busca de um resultado positivo, mas fica a ligeira sensação de que Manuel Machado poderia ter arriscado um pouco mais.
Arbitragem positiva de Manuel Oliveira. Decidiu (quase) sempre bem, sobretudo nos lances capitais do encontro, como foram a expulsão de Nuno Borges e a grande penalidade assinalada a favor do Tondela.