A chicotada psicológica não trouxe mudanças e o Nacional voltou a ser goleado, somando a oitava derrota consecutiva. Mais uma vez, os madeirenses perderam por 5x1, desta feita na visita ao Santa Clara, que venceu sem contestação.
Para a receção aos madeirenses, Daniel Ramos promoveu quatro novidades, que foram as chamadas de Fábio Cardoso, Anderson Carvalho, Rui Costa e Allano à equipa titular. Já Manuel Machado revolucionou o seu onze inicial, com um total de seis mudanças.
Depois da pesada derrota diante do Portimonense, o novo timoneiro dos alvinegros mudou vários jogadores e também modificou o esquema tático, na procura de uma resposta à adversidade. No entanto, o jogo não podia ter começado pior. Logo aos quatro minutos, na sequência de um pontapé de canto, Fábio Cardoso assistiu Mikel Villanueva, que cabeceou à vontade para o 1x0.
Sem conseguir armar um remate à baliza de Marco Pereira, o Nacional apresentou novidades no segundo tempo, com Manuel Machado a lançar Marco Matias e Rúben Micael em campo. Contudo, os madeirenses voltaram a entrar da pior maneira. Lançado por Anderson Carvalho, Rui Costa (47') fugiu à defesa adversária, contornou António Filipe e assinou o bis.
Apesar do 3x0 no marcador, da falta de confiança e criatividade, o Nacional não baixou totalmente os braços e conseguiu uma ocasião soberana para reduzir: com recurso ao VAR, o árbitro Gustavo Correia marcou falta para penálti de Hidemasa Morita sobre Marco Matias. Contudo, chamado à conversão, Bryan Róchez denunciou o remate e Marco Pereira lançou-se para agarrar a bola.
Na resposta, Carlos Júnior voltou a estar perto do golo, só que António Filipe conseguiu emendar o erro de Vladan Danilovic. Este lance e a entrada de Brayan Riascos despertaram os homens da Madeira, que reagiram e reduziram a desvantagem, através de Rui Correia (67'), que respondeu ao canto de Vincent Till com um cabeceamento de rompante ao primeiro poste.
As substituições foram cortando o ritmo do jogo, mas ambas as equipas continuaram a apostar no ataque, com sinal mais para os visitados. Já perto do fim, na sequência de um cruzamento de Rafael Ramos, Pedrão fez um corte para a barra da sua própria baliza. Já após o aviso e perto do apito final, o VAR descortinou um penálti de Rui Correia sobre Carlos Júnior, que Ukra (96') tratou de transformar em golo e fechar o jogo.
Com esta vitória expressiva, o Santa Clara somou mais três pontos e igualou o Vitória SC (6.º) na tabela classificativa. No fundo da classificação está o Nacional (18.º), com 21 pontos somados, a quatro pontos do Boavista (está na linha de água).
Com o Vitória SC a atravessar uma crise de resultados, o Santa Clara tinha uma boa oportunidade para colar-se aos vimaranense. Desde cedo mostrou essa vontade e, com uma exibição muito positiva do ponto de vista coletivo, acabou por arrancar um triunfo gordo.
A chicotada psicológica do Nacional não só não está a dar resultados, como também trouxe duas derrotas e 10 golos sofridos em dois jogos. Um penálti falhado, vários erros defensivos, falta de confiança e criatividade são alguns dos fatores que culminaram em mais um desaire, o oitavo consecutivo.
Nota positiva para a equipa de arbitragem liderada por Gustavo Correia. O jovem juiz poveiro não complicou um jogo que fluiu facilmente e atuou disciplinarmente quando assim se exigiu. Nota igualmente positiva para o VAR, comandado por Luís Ferreira, que descortinou assinalou dois penáltis (manteve o critério) e esteve bem nos lance de possível fora de jogo.