Um triunfo sem qualquer espinha. Na deslocação à Choupana, o Portimonense venceu de forma justa e convincente o Nacional por 1x5, aumentando para cinco pontos a distância entre os dois emblemas.
Ao longo de todo o jogo, o conjunto algarvio realizou uma exibição muito completa e consistente, explorando as várias fragilidades do Nacional e adaptando-se sempre ao que jogo exigia.
Naquela que foi a estreia da quarta passagem de Manuel Machado pela Choupana, o experiente técnico privilegiou a experiência dos seus jogadores no primeiro onze escalado. Foram seis as novidades na equipa titular (uma na defesa, duas no meio-campo e três no ataque), ao passo que Paulo Sérgio apresentou apenas duas mudanças. E as rotinas algarvias notaram-se durante todo o jogo...
Vamos diretos ao assunto. O Portimonense foi bem melhor que o Nacional na primeira parte. Quer a jogar em altura ou por dentro, quer a jogar em construção apoiada, quer a aproveitar as raras oportunidades de contra-ataque, os algarvios foram um todo enquanto equipa, realizando uma primeira parte muito completa.
Com o passar dos minutos, a proximidade do Portimonense à baliza de Piscitelli tornou-se por demais evidente e o golo acabou por chegar pouco depois da meia hora. O cruzamento de Moufi é meio golo e, ao segundo poste, Beto só teve de encostar para o primeiro na Choupana depois de jogar muito bem com o posicionamento da defesa nacionalista.
A ver-se em desvantagem no marcador, o Nacional aumentou a pressão na primeira fase de construção do Portimonense, tentando tirar algum proveito dessa situação. As muitas paragens do jogo não ajudavam a equipa da casa... que acabou por sofrer o 0x2 a poucos minutos do intervalo. Luquinha foi o autor, apontando um belo golo em jogada individual de contra-ataque.
Ao ver a sua equipa em maus lençóis, Manuel Machado não perdeu tempo e fez uma uma tripla alteração ao intervalo, com a intenção do meio-campo passar a ter outra roupagem (principalmente na construção de jogo) na segunda metade. E, em termos práticos, resultou... mas há sempre duas faces da moeda.
Na melhor fase do Nacional foi o Portimonense a chegar ao golo, com Beto, à ponta de lança, a responder da melhor forma ao cruzamento de Moufi. Aí, o jogo estava praticamente decidido a favor dos algarvios, sem que nenhuma das duas equipas desarmasse neste belo jogo de futebol.
No espaço de seis minutos, as alterações de Manuel Machado e Paulo Sérgio resultaram de imediato em golo (Fali Candé e Róchez, na primeira oportunidade que tiveram em campo, fizeram o gosto ao pé) e o resultado final acabaria por ser uma mera formalidade.
E quando se pensava que o jogo ia terminar com o 1x4 - porque Piscitelli foi evitando - eis que Fabrício, já em tempo de compensação, fez o quinto do Portimonense... e que nada choca perante a grande exibição que a equipa fez na Madeira.
A primeira parte foi em construção apoiada e o Portimonense deu-se bem. A segunda parte foi em contra-ataque e o Portimonense deu-se ainda melhor. Que exibição riquíssima, a todos os níveis, da equipa de Paulo Sérgio!
A quarta passagem de Manuel Machado pelo Nacional fica diretamente ligada a esta pesada goleada na estreia. Se o experiente técnico ainda não tinha percebido que vai ter muito trabalho pela frente, este resultado falará por si...
Começou por ter critério bem apertado, mostrando vários amarelos bem cedo, mas com o desenrolar do jogo Tiago Martins não teve problemas de maior. Alguns lances mereceram o benefício da dúvida, mas globalmente foi uma prestação positiva.