Portugal entrou com o pé direito no Campeonato da Europa de Sub-21, mais tudo graças ao pé esquerdo de Fábio Vieira, que saiu do banco para resolver a partida frente à Croácia, já dentro da última meia-hora de jogo. Numa partida dominada pela equipa das quinas, o resultado podia ter sido bem mais dilatado, mas faltou eficácia. Ainda assim, as primeiras impressões são positivas e, para já, o primeiro lugar do Grupo D pertence a Portugal, ainda que a meias com a Suíça.
Rui Jorge avisou quanto à qualidade da seleção croata na conferência de antevisão ao duelo e esta foi visível logo nos primeiros minutos, com os croatas a criarem os primeiros lances de perigo. A boa entrada foi-se diluindo com o passar do relógio – salvo um ou outro remate de longe – e Portugal foi melhorando, instalando-se no meio-campo contrário.
Portugal estava bem no jogo – os croatas raramente conseguiram sair com perigo e só voltaram a incomodar no seguimento de erros da equipa lusa – e as oportunidades continuaram a surgir, mas nem Pedro Gonçalves, à entrada da grande área, nem Gedson, isolado por Vitinha com um grande passe, conseguiram a melhor finalização. De resto, só a falta de eficácia impediu Portugal de chegar ao intervalo em vantagem.
Os bons sinais lusos mantiveram-se nos primeiro minutos da segunda parte, com Portugal completamente instalado no meio-campo contrário perante uma Croácia que só conseguia incomodar no seguimento de erros lusos. No entanto, parecia agora faltar outra clarividência aos homens de Rui Jorge no último terço, com vários lances atrapalhados e que, nalgumas vezes, não chegavam a resultar num remate.
Depois do golo, Portugal baixou ligeiramente, mas o melhor que uma Croácia com demasiada pressa conseguiu foi um remate ao lado de Ivanusec. De resto, a melhor oportunidade até ao fim do jogo pertenceu a Portugal, com Diogo Leite a demonstrar o porquê de não ser avançado, na cara de Semper. O resultado manteve-se até ao apito final e Portugal garantiu uma entrada triunfante, escapando à onde de tropeções que afetou vários dos favoritos nesta primeira jornada.
Quando Rui Jorge abdicou de Francisco Trincão e Tiago Tomás, dois dos melhores de Portugal até então, vários devem ter sido os adeptos que questionaram as alterações. No entanto, a verdade é que logo de seguido surgiu o golo decisivo e, ainda por cima, numa combinação entre dois recém-entrados: Dany Mota e Fábio Vieira. As mexidas acabaram por se comprovar mais do que acertadas e foram essenciais para o triunfo luso.
Portugal venceu com toda a justiça, mas o resultado podia ser bem mais dilatado tivesse a equipa das quinas outra eficácia. Essas dificuldades na finalização mantiveram o nulo até ao intervalo e impediram que a tranquilidade chegasse, tanto antes, como depois do golo, porque também o 2x0 podia ter chegado com outra pontaria.