Não foi tarefa nada fácil, mas o Paços de Ferreira conseguiu superar o surpreendente Espinho com uma vitória por 3x0. Os espinhenses apresentaram-se a bom nível à procura de repetir o feito de 1991/92, mas Pepa não foi em cantigas e soube mexer de acordo com o que o jogo pedia, segurando o resultado e reforçando o meio-campo numa altura crucial.
A chuva não ajudava à composição das bancadas, muito menos ao estado do relvado, que estava muito pesado, mas o ambiente era claramente de Taça e foi um Espinho galvanizado por esse mesmo ambiente e por uma claque sem medo da chuva e bem barulhenta que se apresentou sem medo do Paço de Ferreira e a jogar de igual para igual desde o primeiro minuto.
Só aos 20 minutos, o Paços de Ferreira conseguiu estabilizar o controlo da posse de bola e criar a primeira oportunidade de perigo, através de um livre direto, que Bruno Silva defendeu sem dificuldades. A partir daqui o jogo baixou de ritmo - só aos 40’ houve novo lance de perigo - e o duelo parecia destinado ao empate ao intervalo, mas Pedrinho tinha outras ideias em mente…
O lance, já para lá dos 45’, até começou com Tanque a desviar a bola do guardião adversário a meio do meio campo, só que o brasileiro não conseguiu a finalização. No entanto, soube aguardar e entregou a Pedrinho que aguentou a tentativa de corte e atirou como tão bem sabe para o fundo das redes, mesmo em cima do recolher obrigatório.
A segunda metade começou com o Espinho a tentar mudar a situação rapidamente, mas com um Paços atento a criar calafrios na defesa adversária em saídas rápidas. Ainda assim, o estado do relvado dificultava imenso a tarefa dos principais intervenientes e o verdadeiro perigo só chegou de bola parada, com André Micael a cabecear ligeiramente por cima e Pedrinho a obrigar Bruno Silva a uma bela intervenção.
Acabou por ser o Paços a sair por cima, com Diogo Almeida a conduzir pela direita lançado em profundidade e a entregar a Murillo, que só teve de encostar para o 2x0. O lance foi primeiro anulado por eventual fora-de-jogo, mas o VAR acabou por intervir e validar o golo que acabou com as dúvidas na eliminatória.
Até final, tanto o Espinho com muito coração podia ter reduzido, como o Paços podia ter dilatado a vantagem perante a subida defesa adversária, mas só a segunda acabou por se verificar, com Murillo a consumar o bis. Pepa acabou por sair por cima, com mudanças estratégicas na hora certa, que reforçaram o miolo e deram outro controlo ao jogo pacense.
3-0 | ||
Pedrinho 45' Murilo 75' 90' |