A jornada 12 da Liga NOS terminou no Estádio do Dragão com uma vitória do anfitrião FC Porto sobre o Paços de Ferreira (2x0) num encontro onde os dragões mantiveram o domínio de início ao fim, apesar da boa intenção e imagem organizada do adversário. Ficou, na retina, a grande exibição de Mamadou Loum, corooada com o primeiro golo como portista, e o golo sensacional de Zé Luís, ele que substituiu Aboubakar por lesão ainda na primeira parte.
... Vai lá de bola parada. A primeira parte esteve longe de ser emocionante e contou com poucas oportunidades relevantes de golo, sendo que o já esperado domínio, apesar de não muito convincente, pendeu para o lado azul e branco.
O FC Porto, de facto, conseguiu ter bola e mais presença territorial, mas a estratégia pacense - um 4x3x3 facilmente desdobrável num 4x5x1 - condicionou a criatividade de alguns elementos. Os castores baixaram as linhas e centraram as atenções na ocupação de espaços. Nesse último capítulo, a tarefa acabou por ser cumprida com algum sucesso, obrigando Marega e Aboubakar a procurar frequentemente zonas interiores e a largar a profundidade para os homens do flanco.
Em bola corrida a situação não era animadora, mas Loum, ele que tem sido uma das principais figuras nos últimos tempos, subiu bem alto para dar a alegria aos presentes. O senegalês estreou-se a marcar como portista e recebeu uma espécie de praxe dos restantes colegas.
O Paços, pese a desvantagem, não virou as costas à luta. Pedrinho, Luiz Carlos e Uílton conduziram algumas transições relâmpago, mas só Hélder Ferreira obrigou Marchesín a intervenção apertada, num lance em que a defesa anfitriã deixou a desejar.
Marega, numa das poucas ocasiões em que encontrou espaço nas costas dos marcadores diretos, ainda fez estremecer o poste direito de Ricardo Ribeiro, mas os primeiros 45 minutos terminaram com um sabor agridoce. É que a vantagem dava motivos para sorrir, ao contrário de Aboubakar, cujos problemas físicos apareceram quando menos se esperava...
Os visitantes regressaram dos balneários com a mesma intenção, mas com maior atrevimento no último terço. Bruno Teles deu o primeiro aviso e chegaram a existir alguns lances na área portista, ainda que sem o desfecho pretendido.
O momento da noite estava reservado para Zé Luís, num lance de pura espetacularidade do cabo-verdiano. A cruzamento de Alex Telles dominou de peito e efetuou um pontapé de bicicleta que só terminou no fundo das redes.
Triunfo justo, que poderia ter sido mais alargado, e sem margem para discussões que mantém os dragões na perseguição ao líder Benfica.
Chegou, viu e venceu. Demorou a intrometer-se nas opções do treinador e está longe da perfeição, mas Mamadou Loum continua a justificar o porquê da titularidade. Marcou um golo, esteve intenso no capítulo da recuperação da bola e nunca se escondeu de a ter nos pés.
Os problemas físicos demoram a desaparecer em determinados contextos e, em muitos casos, o fantasma permanece até ao fim. Parece, cada vez mais, o caso de Vincent Aboubakar, camaronês que estava a ser aposta no onze e decisivo nas últimas partidas. Esta noite, perto do intervalo, teve de sair mais cedo devido a novas complicações musculares.