Tarde solarenta, relvado impecável e um Marcolino de Castro bem composto. O dia não poderia ter sido mais perfeito para a prática do futebol. De um lado um aflito Feirense, do outro um dos melhores visitantes do campeonato e a tarde foi bem passada, diga-se. Golos, emoção e um ambiente digno. No fim, houve divisão de pontos.
Iniciativa. Se nos últimos encontros caseiros a formação de Nuno Manta Santos apresentou um futebol algo sofrível, este domingo houve iniciativa. Toques curtos, triangulações bem conseguidas, mudanças de flanco com regularidade e, com isso, a turma fogaceira quase saiu recompensada. Faltou Crivellaro, na cara de Serginho, definir melhor um contra-ataque produzido com cabeça, tronco e membros por Edinho e Vítor Bruno.
A bola trocava de destino com facilidade e o Santa Clara, astuto e sentindo o cheiro do intervalo, aproveitou para castigar o adversário. Uma brecha na defesa anfitriã bastou para Zé Manuel aproveitar o escorregão do guardião contrário e finalizar com classe. Estava aberto o marcador de forma algo penalizadora. Mas é futebol...
A fechar e a abrir. Os homens de João Henriques reentraram em campo com a corda toda e bastaram três minutos para a vantagem ser dilatada. Bruno Lamas furou pela linha defensiva fogaceira e bateu Brígido... que não ficou lá muito bem na fotografia. Prémio merecido para o principal agitador do encontro.
Só dava Feirense e assim permaneceu a toada do encontro. Nuno Manta mexeu na sala de máquinas e colocou a toda carne no assador perante o maior ímpeto dos seus. Faltou um bocadinho, mas em Santa Maria da Feira ninguém dormiu à sombra da bananeira.