Luz ao fundo do túnel. A viver uma série negra de resultados, o Feirense assegurou a presença nos quartos de final da Prova Rainha ao bater o Paços de Ferreira. Num jogo pobre, as grandes penalidades foram um meio necessário para atingir o fim. Aí, Brígido brilhou e deu uma espécie de prémio às gentes fogaceiras.
Não atou, não desatou e poucas foram as vezes em que se tentou desamarrar o nó. A primeira parte, insossa, teve de tudo... menos emoção. Ora pelo chão, ora pelo ar, Feirense e Paços teimaram em não dar uma mãozinha.
O Feirense, ressentido da criatividade de Tiago Silva, procurou as bolas longas, enquanto que a formação pacense tentou aproximar-se com maior critério. Ainda assim, soube a muito pouco... ou a quase nada.
Outra mão cheia de nada. Se a cor já não era a mais bonita, na segunda parte o encontro mais cinzento ficou. O sinal mais esteve do lado do Paços, que por intermédio de um Phellype azarado no momento da finalização teve duas oportunidades de real perigo, e o Feirense, nem com a entrada do seu camisola 10, conseguiu mudar o chip.
O tempo avançava sem grandes sinais de vida, mas Crivellaro, bem perto do cair do pano, atirou por cima na única jogada ofensiva construída com cabeça, tronco e membros por parte da turma fogaceira. Cheirava a prolongamento e para lá o jogo prosseguiu... sempre na mesma onda.
Num período onde a chuva começou a cair intensamente, o Feirense cresceu. Fez por merecer o golo - teve três ocasiões de ouro para abrir o ativo -, mas foi o adversário, mais eficaz, que o fez. Através de uma bola parada, Marco Baixinho aproveitou uma autêntica carambola para dar a vantagem inicial aos forasteiros.
Caso para dizer que a partida «estava a pedi-las» e as grandes penalidades acabaram mesmo por surgir com naturalidade. Nas luvas de Brígido estava o segredo, e a luz acendeu-se para o Feirense.