A Taça de Portugal proporciona momentos indescritíveis e nem o mau tempo afasta a festa tão bonita do futebol. Por isso, houve duelo de históricos para apimentar a tarde deste domingo. O Estádio do Bolhão, em Fiães, recebeu um quentinho Espinho x Boavista que não se disputava há mais de 30 anos na prova raínha e o jogo não desiludiu. De maneira alguma.
Ainda os adeptos do Boavista entravam no recinto e a equipa de Jorge Simão já criava perigo. Logo, logo no começo, Mateus aproveitou a profundidade nas costas da defesa vareira e acabou derrubado por Rui Nibra na área. Fábio Veríssimo não teve dúvidas e apontou para a marca dos onze metros. Rafael Costa, na conversão, não perdoou.
O início rompante dos homens do Bessa deixou o Espinho de Rui Quinta completamente desnorteado. Rochinha voltou a insistir pelo flanco direito... e deu novo golo. Jogada de insistência na área espinhense e David Simão, em posição central, aproveitou para ampliar a vantagem.
Apático até então, o Espinho tentou assentar o jogo e controlar a posse, mas pouco ameaçou a baliza de Hélton Leite. Do lado oposto, Rui Nibra foi evitando males maiores. A verdade é que o estado do relvado não dava para muito mais...
Caiu, assim, o pano de um primeiro tempo quente, repleto de intensidade e de muito ruído proveniente das bancadas. A força da chuva aumentava com o passar do tempo, mas o apoio continuava em alta. Fantástico!
O Espinho regressou dos balneários com uma postura totalmente renovada. Conseguiu ter bola e importunar um adversário que, com o passar do tempo, foi ficando cada vez mais amarelado.
A turma vareira, empurrada pelo apoio dos seus adeptos, apostava nos ataques rápidos e teve na cabeça de Poulson uma excelente oportunidade para reduzir. No entanto, a cabeçada saiu à figura de Hélton Leite.
O relvado, cada vez mais ensopado devido à forte chuva, tornava-se difícil para a prática do futebol. Ainda assim, o Boavista, mais eficaz, acabou por sentenciar o encontro. Primeiro através de Rafael Lopes e depois por Falcone, numa altura em que a fadiga importunava a formação anfitriã.
A partida terminou, passou o Boavista, mas houve ambiente de Taça em Fiães. E o Espinho, claro, saiu de cabeça erguida.