Bomba de luxo

Ufa...Deu para sofrer, e muito, mas deu também para passar. Com pouca qualidade de jogo e muito sofrimento, o Braga saiu de Felgueiras com uma vitória por 0x1 e a passagem para a quarta eliminatória da Taça. 

Num ambiente quente, o jogo acabou por ser decidido pelo talento e pela capacidade de Dyego Sousa. Uma bomba do brasileiro, que até começou no banco, foi o que chegou...

Um cheirinho a superação

Com mais de meia equipa a descansar, o Sporting de Braga começou a partida com vontade de assustar o adversário e fazer valer a condição de favorito. Fábio Martins ainda procurou assustar Diego, que deu mostras, logo desde o início, de segurança e serenidade. O estado de espírito passou para a equipa...

Se os 45 minutos iniciais foram de sinal menos para o conjunto arsenalista, a organização coletiva montada por Ricardo Sousa teve também parte da culpa. O Braga teve mais bola, circulou, mas as soluções, de uma forma geral, não apareceram, fruto de um rival coeso e bem orientado. 

É certo que Marafona não teve qualquer tipo de trabalho na outra baliza, muito por culpa de alguma precipitação no momento de transição ofensiva do Felgueiras, mas tal não apagou uma etapa inicial assente na competência e na organização dos homens de Ricardo Sousa e na previsibilidade bracarense, pouco explicada apenas nas várias mudanças. 

Foi preciso chamar os craques

Sem alterações, o Braga regressou dos balneários com a mesma falta de ideias. Luther Singh, com mais velocidade do que capacidade na definição, foi o único capaz de mexer com o jogo, perante uma frente de ataque inofensiva e uma dupla de meio-campo sem entendimento no momento de pressão e de transição defesa-ataque. 

Com o tempo (e o cansaço), o Felgueiras teve outra capacidade para assustar a organização bracarense. Através de um cruzamento de Leandro Silva (um dos melhores em campo), o Felgueiras construiu a grande oportunidade da sua partida, com um cabeceamento à boca da baliza a ser defendido por Marafona. O Braga não melhorava, Abel só teve uma opção: recorrer à artilharia pesada. 

Do banco, de uma só vez, saíram Dyego Sousa e Claudemir, Ricardo Horta um pouco mais tarde, e o jogo do Braga sentiu mudanças. Mais agressividade no último terço, outra capacidade no momento de sair para o ataque e uma grande oportunidade por Fábio Martins, bem defendida por Diego. E depois apareceu o Dyego, o avançado, para estragar a noite do guardião com uma bomba que apenas reflete o grande momento deste goleador que promete continuar a fazer furor no futebol português.