Vitória respeitou, atacou...e acabou nos sete

Em Valença, a festa foi bonita, o rival entregou-se de corpo e alma, mas o poderio vimaranense fez a diferença. Diante de um Valenciano positivo, o Vitória foi mais forte e goleou por 0x7. 

Mesmo com algumas mudanças, e perante um rival competitivo no primeiro tempo, a equipa de Luís Castro foi eficaz e criativa o suficiente no ataque para acabar com sete golos marcados. 

Taça de valorização 

Num ambiente puro de Taça de Portugal, em Valença do Minho, o Vitória de Guimarães começou por ter muitos problemas para impor a sua filosofia. A boa organização do adversário, assente também numa linha defensiva subida (nem sempre bem coordenada, é certo) e numa forma de jogar apoiada, complicou a vida da equipa de Luís Castro, que demorou a engatar...

Percebida a melhor forma de enganar a coragem tática do adversário, o Vitória construiu, com alguma naturalidade, uma série de boas oportunidades, executadas quase sempre da mesma forma: profundidade explorada pelos laterais/extremos, cruzamento, finalização. 

Sem grande brilhantismo, é certo, e perante um rival preocupado em valorizar o jogo, o Vitória chegou ao intervalo com uma vantagem de dois golos, com Davidson e Boyd a materializarem a superioridade natural da turma de Luís Castro. O mais difícil estava feito...

Goleada, com naturalidade

Se o final da etapa inicial já dava sinais de um Valenciano cansado, física e mentalmente, a segunda parte tratou de confirmar toda a superioridade do Vitória, que respeitou o rival ao máximo...com a procura incessante de mais golos. Perante um rival sempre a jogar um futebol positivo, a equipa de Luís Castro não se cansou de querer mais. 

As muitas jogadas de ataque, os muitos cruzamentos e a presença de homens rápidos e objetivos na frente conduziu o Vitória a uma etapa complementar de bom nível. Dôdo mostrou argumentos no processo ofensivo, Boyd deixou a cabeça da defesa minhota em água e até os menos utilizados deram ares de sua graça. 

O resultado ficou-se pelo 0x7, com golos de Matheus Oliveira, João Afonso e Estupiñan (em dose dupla) a contarem a história de uma tarde de Taça bem agradável a Norte. Boas notas para Luís Castro e sensações únicas para o Valenciano, que valorizou a competição.