*com Ricardo Lestre
A Costa Rica despediu-se de pé deste Campeonato do Mundo com uma bela prestação frente a uma Suíça que festejou o acesso aos oitavos de final. Sensações distintas em ambas partes, sendo que a formação helvética chegou a ver um cenário bem negro à sua frente. Valeu Sommer, o super-herói suíço.
Não se pode dizer que a Costa Rica ficou de mãos nos bolsos. Desde o primeiro minuto, foram várias as recuperações, várias espaços aproveitados e várias as ocasiões criadas. O problema é que Yann Sommer defendeu tudo. Joel Campbell foi o primeiro, Colindres (que golo seria!) atirou à barra, mas foi Celso Borges quem obrigou o guardião suíço a efetuar a melhor defesa do encontro e, muito provavelmente, uma das melhores da competição até ao momento. Do outro mundo!
Início frenético e de grande domínio costa-riquenho que se foi esfriando com o passar do tempo. A Suíça acordou, organizou-se e na primeira jogada bem construída chegou ao golo. Shaqiri descobriu Lichtsteiner no flanco direito, o lateral cruzou, Embolo amorteceu e Dzemaili, curiosamente um dos elementos mais apagados do lado helvético, tratou de fuzilar Keylor Navas na baliza.
Uma vantagem injusta pelo que a Costa Rica imprimiu dentro de campo, mas que se estendeu até ao intervalo.
O segundo tempo começou exatamente como o primeiro. A Costa Rica voltou a entrar melhor e não tardou muito em chegar ao golo, o primeiro de Los Ticos no Mundial. O responsável pela proeza foi Kendall Waston, defesa central e uma das principais novidades no onze titular.
⚠️Com o golo do estreante 🇨🇷Kendall Waston, todas as 32 seleções marcaram neste 🇷🇺Mundial 2018.
⚽️O último golo dos costarriquenhos em 🏆Mundiais tinha sido apontado por 🇨🇷Bryan Ruiz frente à 🇬🇷Grécia de 🇵🇹Fernando Santos em 2014 pic.twitter.com/hhe3S3LWKv
— playmakerstats (@playmaker_PT) 27 de junho de 2018
O empate chegou, e o jogo esmoreceu. As boas notícias relativas ao resultado do outro jogo do grupo tranquilizavam uma Suíça que decidiu dar mais ênfase à posse e ao ritmo baixo. O adversário parecia algo fatigado e a necessidade de inverter o rumo dos acontecimentos era quase nula.
Até final, houve tempo para um cabeceamento ao ferro, para um golo de Drmic, para um penálti invalidado com recurso ao VAR e ainda para uma grande penalidade convertida por Bryan Ruíz, com muita sorte à mistura.
Fim do jogo, oitavos para a Suíça e despedida digna da Costa Rica.
Um guarda-redes de topo faz a diferença e Yann Sommer não foge à regra. Foi a grande figura da Suíça na partida e evitou um grande dissabor nos primeiros minutos. É certo que sofreu golos em todas as partidas, mas, até ao momento, são zero derrotas registadas pelo conjunto de Petkovic.