O Sporting levou o jogo com o Famalicão mesmo a sério e conseguiu a passagem à fase seguinte da Taça de Portugal com uma vitória por 2x0. Jorge Jesus fez poucas poupanças e os leões tiveram (quase) sempre concentração máxima, o que permitiu um controlo durante quase todo o encontro frente a uma equipa do Famalicão que foi a Alvalade com um plano bem definido e sabia bem como ferir os leões. A entrada de Bruno Fernandes, à hora de jogo, acabou por ser determinante para o desfecho da partida. O internacional português fez duas assistências para os golos que eliminaram o emblema famalicense que, apesar da eliminação, deu uma boa imagem perante um adversário de valia superior.
Jorge Jesus encarou a equipa do Famalicão com bastante respeito, prova disso é a utilização de alguns dos jogadores mais utilizados dos leões, como Rui Patrício e Coates. Ainda assim, e com algumas mudanças, o técnico leonino surpreendeu com a chamada de Coentrão ao onze para a posição de médio esquerdo, uma surpresa que durou apenas 10 minutos porque Jonathan Silva sairia lesionado. Antes disso já tinha sido o Famalicão a criar perigo, precisamente pelo lado esquerdo da defesa leonina. Rui Patrício evitou o golo mas o Sporting teve sérias dificuldades nos primeiros quinze minutos de jogo, onde o Famalicão se mostrou personalizado.
A saída de Jonathan acabou por ter influência no que restou do primeiro tempo. Isto porque as peças mudaram de posição e os verde e brancos começaram a assumir o jogo, com Podence e Gelson a criarem bastantes dores de cabeça à equipa contrária. O Famalicão sentiu o impacto das primeiras iniciativas dos leões e acabou por procurar mais o contra-ataque do que tinha feito no arranque do encontro.
As trocas posicionais no lado direito do ataque leonino foram permitindo as primeiras ocasiões ao Sporting, sempre com Podence em destaque na hora de assistir. Bas Dost, duas vezes, teve ocasião para fazer o golo, com o primeiro sinal de perigo a ser dado pelo recém-entrado Gelson Martins. O Famalicão ia tentando chegar perto da baliza de Rui Patrício mas não estava a conseguir criar perigo, ainda que Rui Costa tenha dado alguns problemas à defesa leonina, especialmente a Tobias Figueiredo. Apesar da melhoria por parte da equipa de Alvalade o intervalo chegou sem qualquer golo na baliza (Bruno César foi quem mais se aproximou com um remate ao poste). É verdade que o Sporting estava a ser melhor, mas tinha de manter os níveis de seriedade e concentração ao máximo para ultrapassar o Famalicão.
A segunda parte teve um início um pouco semelhante aos primeiros quinze minutos da partida. O intervalo permitiu ao Famalicão recuperar forças e os famalicenses iam aparecendo novamente com mais perigo e maior proximidade da área leonina. No Sporting começava a faltar criatividade e numa altura em que o Famalicão ameaçou com um remate de Vítor Lima defendido por Rui Patrício, Jorge Jesus lançou mais um dos pesos pesados. Bruno Fernandes substituiu um desinspirado Petrovic e aos poucos o Sporting voltou a ficar por cima.
E foi mesmo dos pés do agora internacional português que surgiu o primeiro golo da partida. Pontapé de canto direito à cabeça de Coates e o uruguaio contou ainda com um desvio para inaugurar o marcador.
Desenganem-se aqueles que pensam que depois do golo o Sporting conseguiu ganhar logo o controlo da partida por completo. O Famalicão sabia por onde ferir o leão e nem o golo fez com que a equipa de Dito desistisse da eliminatória. Foram dez minutos de maior intensidade aos quais Rui Patrício soube responder da melhor maneira.
Tal como tinha acontecido antes, foi preciso um aviso do Famalicão para a equipa de Jorge Jesus voltar a acordar. O Sporting voltou a subir de rendimento e voltaria a marcar, novamente com assistência de Bruno Fernandes e novamente de cabeça. Desta vez foi Bas Dost a dar o golpe e desta feita o Famalicão teve dificuldades para se levantar, ainda que tenha tido uma grande oportunidade para voltar a entrar na partida depois de uma grande penalidade cometida por Mattheus Oliveira. No frente a frente com Rui Costa, Rui Patrício voltou a dar razão a Jorge Jesus pela chamada ao onze e impediu o golo que o Famalicão e Rui Costa tinham feito por merecer.