Envergonhados num castelo de papel

Com coros de assobios como banda sonora frequente, o Vitória SC foi este sábado goleado em casa pela UD Oliveirense e ficou numa posição muito complicada no grupo C da Taça da Liga. Um quarto de hora de loucos com erros imperdoáveis do Vitória foi o preâmbulo de um jogo em que os vitorianos nunca se conseguiram impôr e acabaram bem derrotados por uma equipa muito mais eficaz.

Quase nem houve tempo para respirar no arranque. Houve três golos mas até podia ter havido mais um, não fosse um penálti desperdiçado pela equipa de Oliveira de Azeméis. Aos dois minutos já havia vantagem da Oliveirense, depois de um golo de cabeça de Xandão, e aos nove percebeu-se claramente que esta não era a tarde do Vitória. Miguel Silva saiu-se de forma absolutamente disparatada à bola, deixou-a passar para as suas costas e Riascos só teve mesmo de encostar e agradecer.

A equipa de Pedro Martins reduziu para 1x2 aos 12 minutos, num lance que foi inicialmente invalidado mas acabou por ser creditado a Rincón por indicação do assistente. O Vitória SC conseguia deixar uma pequena marca no encontro, mas não chegava. A defesa de Miguel Silva, de seguida, perante o penálti de João Amorim, só atrasou a humilhação, até porque o mesmo João Amorim faria mesmo o 1x3 antes do intervalo, com um remate de fora da área.

Rafael Martins teve uma boa oportunidade para reduzir no segundo tempo mas atirou por cima e Raphinha viu Kadú negar-lhe o golo com uma grande defesa. A desilusão vimaranense continuava e a machadada final pertenceu a Diogo Valente: o antigo jogador do FC Porto e do Boavista atirou com grande classe em posição frontal, de fora da área, e colocou a bola no canto superior esquerdo.

Uma vitória justa da Oliveirense, uma goleada inesperada de uma equipa em dificuldades na Ledman LigaPro, e um final de partida com assobios e alguns lenços brancos nas bancadas. 20 golos sofridos em dez jogos em casa são o saldo desta equipa cujo recinto está longe de ser o Castelo que os adeptos esperam.