Ainda tiraram os pés do chão, mas ninguém voou

O mote para esta partida surpreendia: Desportivo das Aves e Rio Ave defrontavam-se pela primeira vez no primeiro escalão do futebol português, apesar de se tratar já do 24º jogo entre as equipas. Uma questão de timing: quando o Aves esteve na 1ª Liga, o Rio Ave não esteve, e vice-versa.

Frente a frente, duas equipas com arranques bem distintos na temporada. O Desportivo das Aves, recém-promovido, não se livrava do papel de lanterna-vermelha. Já o Rio Ave passeava - e por lá continua - entre os seis primeiros da tabela graças a um arranque com três vitórias.

Face às posições na tabela, então, o favoritismo teria de pender para os vila-condenses, mesmo tendo em conta a condição de visitantes, e o Rio Ave não abdicou de procurar a vitória desde cedo. Francisco Geraldes, de volta após cumprir castigo, fez a bola rasar a trave e pouco depois obrigou o veterano Quim a uma defesa difícil.

Se no Rio Ave a estratégia passava pela posse de bola e era Geraldes quem somava as melhores ocasiões, no Aves tentava-se o contra-ataque e era Paulo Machado quem mais tentava responder. O número 10 quase aproveitou um erro de Pelé aos 35' e atirou a bola às malhas laterais já em cima do intervalo.

O segundo tempo trouxe um Aves mais ambicioso e a criar sérias dificuldades ao Rio Ave: Salvador atirou contra Pelé aos 55', num lance perigoso, e Derley acertou em cheio no poste aos 69'. Foi a grande ocasião do jogo, apesar de mais algumas situações da equipa da casa, e o empate acabou por se ajustar face às diferenças verificadas entre as duas metades da partida.