Não foi brilhante, mas foi suficiente a exibição do Marítimo na segunda mão da 3ª eliminatória de acesso à Liga Europa. Uma vitória segura sobre o Botev Plovdiv, mas que mostrou que a equipa de Daniel Ramos ainda não está no ponto para o ataque à temporada.
Um golo em cada parte para o Marítimo e os insulares cumpriram o seu dever, batendo uma equipa claramente inferior por dois golos sem resposta. Depois do nulo da primeira mão, o Marítimo segue assim com o seu sonho europeu.
É normal que uma equipa que perde pelo menos cinco titulares demore a acertar tudo, mas já se viu uma evolução na equipa de Daniel Ramos da primeira para a segunda mão.
Percebeu-se cedo que o jogo ia ser aquilo que o Marítimo tivesse capacidade para fazer. A equipa insular tinha mais capacidade e sempre que acelerava o jogo e conseguia que as coisas saíssem bem, havia perigo. Os ataques eram quase todos no sentido da baliza búlgara, mas o perigo de golo não era iminente. Rodrigo Pinho ainda tentou num remate por cima da baliza, mas a primeira situação de real ameaça até apareceu na baliza do Marítimo. Valeu Charles.
Curiosamente foi na melhor fase do Botev que surgiu o momento do jogo. Num livre lateral que parecia não ter grande história, o árbitro descobriu uma falta sobre Rodrigo Pinho e assinalou grande penalidade. O lance foi convertido e para além de colocar o Marítimo em vantagem ainda teve o condão de colocar a equipa insular na sua melhor fase. O segundo golo podia ter aparecido logo a seguir por Erdem Sem, mas a equipa de Daniel Ramos até acabou a primeira parte a sofrer, fruto do cabeceamento de Viktor Genev que passou perto da baliza.
Alternando momentos positivos, com momentos muito negativos a equipa do Marítimo partiu para o intervalo com a vantagem e com a certeza de que tinha tudo para controlar e vencer o jogo.
Não havia melhor forma de começar a segunda parte. Uma recuperação de Bessa e um golo Ricardo Valente. A vantagem dobrou e a exibição do Marítimo ficou melhor e mais confiante.
A equipa do Botev passou a atacar mais, como seria de esperar. Ainda assim, e apesar da agressividade e da vontade, falta qualidade a esta equipa. Charles ainda teve de se aplicar duas ou três vezes para não dar grandes esperanças, mas a equipa búlgara nunca entrou realmente na discussão do jogo.
A equipa insular ainda não está no ponto, mas já está no playoff de acesso à Liga Europa. Vamos ver se o sorteio desta sexta-feira é «amigo» da equipa de Daniel Ramos.