Jonas destrói muralha insular e reforça sonho encarnado

O Benfica está de regresso aos triunfos no estádio da Luz. Após dois empates consecutivos, frente a FC Porto e Estoril-Praia, a equipa de Rui Vitória premiou os mais de 57 mil adeptos presentes nas bancadas da Luz com uma importante vitória numa caminhada difícil tendo em vista a conquista do tetracampeonato. Os insulares entraram determinados em anular as forças do Benfica, mas caíram ao primeiro erro. Jonas fez o resto.

Luís Martins deu ordem para a invasão encarnada

Provavelmente tendo em consideração o forte poderio ofensivo da equipa do Benfica, Daniel Ramos fortaleceu o setor defensivo do Marítimo, recuando o médio Erdem Sen para o lado de Zainadine e Raul Silva, e com um quarteto no miolo bem fechado, esquema que complicou o espaço de manobra aos criativos encarnados.

A muralha insular deu sinais de segurança nos primeiros minutos, mas não conseguiu lidar com a insistente pressão dos homens da casa. O Benfica foi empurrando e o Marítimo começou a dar alguns sinais de fragilidade. Charles ainda evitou que o inimigo conseguisse invadir o último espaço de terreno maritimista, só que Luís Martins deu ordem para as águias avançarem.

O lateral do Marítimo, formado nas escolas do Benfica, cometeu um deslize e desviou um cruzamento de Rafa Silva para o fundo da própria baliza. O lance de profunda infelicidade caiu que nem uma bomba e causou muitos estragos na muralha cuidadosamente construída por Daniel Ramos.

A partir desse momento, o Marítimo não mais conseguiu segurar o ímpeto ofensivo do Benfica. Cerca de um minuto após o auto-golo de Luís Martins, Jonas ampliou a vantagem e pouco depois bisou no encontro. Era sinal mais do que evidente da incapacidade dos insulares em recuperarem do prejuízo iniciado pelo seu defesa.

©Global Imagens / Filipe Amorim

Controlar e poupar

A desvantagem ao intervalo obrigou Daniel Ramos a mudar a ideia inicial. Erdem Sen subiu no terreno e o Marítimo começou a ter muito mais bola face ao primeiro tempo, ainda que sem grandes consequências para a baliza à guarda de Ederson.

Sempre com o jogo bem controlado, os encarnados ainda procuraram novo golo e Salvio teve oportunidade de ouro para conseguir materializar o quarto. Rafa Silva galgou terreno pela faixa esquerda e serviu Toto Salvio, mas o extremo argentino desperdiçou de forma displicente.

O ritmo foi baixando à medida que o relógio foi avançando e Rui Vitória aproveitar o momento para proteger Jonas (saiu depois de um choque) e Pizzi. O médio corria o risco de falhar o dérbi com o Sporting da próxima jornada, caso visse a cartolina amarela, e o treinador das águias optou por fazer descansar o camisola 21.

Ainda assim, sempre sem colocar grande velocidade, o Benfica voltou a estar mais perto de ampliar a vantagem do que propriamente o Marítimo reduzir. Andrija Zivkovic rasgou pela direita fez o cruzamento à procura de Mitroglou mas Zainadine fez o corte que por pouco não entrou na baliza de Charles.

Com este importante triunfo, o Benfica dilata para quatro o número de pontos de vantagem para o rival FC Porto, que entra apenas amanhã em campo para jogar a 29.ª jornada da Liga NOS, diante o Braga.