Bas Dost! O avançado holandês acabou por ser o grande herói do dérbi lisboeta, entre Sporting e Belenenses. O avançado holandês esteve desinspirado praticamente durante o jogo todo, mas acordou em cima do apito final, ainda a tempo de marcar o golo que valeu os três preciosos pontos ao Sporting na corrida pelo título nacional. O Belenenses lutou até ao final, mas acabou por sofrer quando menos esperava.
Privado de várias peças nucleares, casos de Domingos Duarte e João Palhinha, que não puderam alinhar esta noite por estarem emprestados pelo Sporting ao clube da Cruz de Cristo, Quim Machado apresentou um clássico 4x4x2, com André Sousa no apoio a Abel Camará na frente de ataque dos azuis do Restelo. A equipa estava bem montada e o Belenenses conseguiu aguentar a forte pressão do adversário, que teve muitas dificuldades em rematar em zona privilegiada. Alguns erros de Joel Pereira, fruto de um nervosismo incaracterístico, deixou os adeptos belenenses em sobressalto, mas sem consequências de maior para a equipa da casa.
Pese o domínio absoluto, como supra mencionado, o Belenenses foi quem dispôs do lance de maior perigo de toda a primeira parte. A equipa leonina perdeu a bola em zona proibida, permitindo um contra-ataque muito perigoso ao Belenenses, numa situação de 3x1. Fábio Sturgeon conduziu o esférico, deu para Abel Camará, que, por sua vez, serviu Vítor Gomes. O médio atrapalhou-se, devolveu para Sturgeon, mas o extremo, já em esforço, rematou fraco para grande defesa de Beto Pimparel, que rendeu o lesionado Patrício na baliza dos leões.
O intervalo chegou sem o Sporting conseguiu sair do nulo, algo que já havia acontecido em cinco ocasiões esta temporada ao conjunto orientado por Jorge Jesus.
O segundo tempo trouxe um jogo um pouco mais dividido, com o Belenenses mais envolvido em manobras ofensivas, mas sem dar grande trabalho a Beto. Isto nos primeiros 20 minutos da segunda metade. Não satisfeito com o rendimento de Bryan, Jorge Jesus lançou Joel Campbell em campo e a aposta no extremo emprestado pelo Arsenal começou a dar os seus frutos rapidamente. O internacional costa-riquenho foi uma lufada de ar fresco para o ataque leonino, nem sempre bem correspondido por Bas Dost, um dos piores na 2.ª parte.
O Sporting não aproveitava as ocasiões e o Belenenses, muito apostado no contra-ataque e a aproveitar a escassez de ideias do leão, ameaçou gelar os adeptos sportinguistas em apenas dois minutos, entre os 76 e 77. Valeu as intervenções de Beto a remates perigosos de Fábio Sturgeon e João Diogo.
O relógio não parava e os níveis de ansiedade iam invadindo o pensamento da equipa de Jorge Jesus e influenciando as suas ações, que ganhou contornos de contestação aos 86 minutos, num lance muito duvidoso na área do Belenenses. Cruzamento na direita e Bas Dost desvia, com a bola a ir ao braço de Gonçalo Silva, que está na marcação ao holandês. O lance deixa dúvidas, mas não há intenção do central nem a bola ia à baliza. Fica o benefício da dúvida para o árbitro Tiago Martins.
E foi num dos últimos suspiros que o Sporting conseguiu chegar ao tão desejado golo. Cruzamento de Joel Campbell para Bas Dost se redimir do fraco jogo que realizou e assegurar os três pontos ao conjunto de Jorge Jesus. Explosão de alegria dos adeptos sportinguistas que acabaram por invadir o campo após o apito final.