Apesar do susto inicial - perdia por 1x0 ao intervalo -, a França acabou por fazer valer o estatuto de favorita frente à Irlanda e está nos quartos de final. Antoine Griezmann, com um bis, virou o resultado e foi a grande figura da tarde em Lyon.
O jogo tinha 120 segundos quando todo um planeamento passou à história. Paul Pogba, em terrenos pouco habituais – dentro da própria grande área - foi demasiado ingénuo perante a ratice de Shane Long. Contacto, queda e penálti para a Irlanda.
Os 5 golos que a França marcou neste Euro 2016 foram marcados na 2.ª parte:
— playmakerstats (@playmaker_PT) 26 de junho de 2016
2 - 46>60
2- 76>90
1 - 90+ #playmaker #Euro2016
Robbie Brady, chamado a baralhar as cartas e a dar de novo, não vacilou, ainda que a bola tenha batido no poste antes de consumar a desvantagem francesa em Lyon. Um golo que mudou o que se esperava e deixou os bleu numa pilha de nervos.
Um estado que tipificou o futebol da França. Muita correria, muita luta mas pouco – pouquíssimo discernimento. Que o digam Payet e Griezmann, que em cima do intervalo pareciam baratas tontas a tentar acertar na baliza irlandesa, mas tudo o que apanharam pela frente foi pernas e mais pernas.
Do outro lado, a Irlanda, tecnicamente bem mais limitada, fez da tranquilidade que o golo de Brady trouxe consigo a principal arma; e só não aumentou os números do escândalo porque Murphy viu Lloris negar-lhe o golo (21') e Duffy não calibrou o cabeceamento da melhor forma (41').
Não restava outra estratégia a Didier Deschamps que não a de mandar avançar as tropas em força. Apesar de um susto aos 52', a segunda parte foi toda ela de domínio gaulês. E se Koscielny ficou a centímetros do empate (48'), Antoine Griezmann apareceu para virar o rumo da história.
Há 12 anos que um jogador francês não bisava num Europeu (2004 - Thierry Henry > 2016 - Antoine Griezmann) #playmaker #Euro2016
— playmakerstats (@playmaker_PT) 26 de junho de 2016
Em três minutos, o homem do Atlético de Madrid virou o destino. Primeiro com um golpe soberbo de cabeça após cruzamento de Sagna (58'); depois com um remate de pé esquerdo a finalizar uma jogada a três toques. Justo, porque depois do descanso o desequilíbrio de forças foi tremendo.
E Griezmann ainda tinha outro golpe na manga. Quatro minutos depois de selar a reviravolta, o avançado francês forçou Shane Duffy a derrubá-lo pela raiz quando seguia isolado; cartão vermelho direto para o defesa central irlandês e um machado sobre o assunto em Lyon.
O resto foi (muito) desperdício francês, entre bolas ao ferro e falta de enquadramento com a baliza. Falta agora saber quem se cruza com os gauleses nos quartos de final: se a Inglaterra ou a Islândia.