Na antevisão, tínhamos falado desta questão: a Irlanda do Norte estava muito beliscada com as críticas e com o rótulo de pior equipa da prova depois do primeiro jogo e iria procurar responder em campo. Que grande resposta!
Se tivesse corrido bem, diríamos que Fomenko foi persistente, como correu mal, dizemos que foi teimoso ao manter o duplo-pivô a meio: Stepanenko e Sydorchuk estiveram muito amarrados posicionalmente e esvaziavam as soluções à frente. Konoplyanka era o único que se via, mas sozinho tornou-se inconsequente nas tentativas de ataque.
Os defeitos da equipa de Leste eram claros, mas não convém colocá-los acima dos méritos irlandeses. Uma postura totalmente diferente da equipa de Michael O´Neill, desde a tática à ideia de jogo.
Foi uma, foi outra e mais outra na primeira parte. E, se se acharia que alguma mudança aconteceria ao intervalo por parte da Ucrânia, a que houve foi dos britânicos, pois passaram a dar com a baliza. O golo de McAuley só surpreendeu aqueles que não estavam a ver o jogo.
Na altura em que o defesa irlandês marcou, já se viam de forma considerável os pingos grossos de chuva, que a seguir passaram a pedras de gelo. Uma chuva de granizo que obrigou a parar o jogo e a que os intervenientes recolhessem aos balneários.
E, se os ucranianos acabaram mais em cima do adversário, foi porque falharam as pernas aos irlandeses na reta final, obrigando a baixar linhas e a defender mais atrás. Uma postura que surtiu efeito, já que a eficácia defensiva foi atingida perante o jogo flanqueado do adversário.
E ainda deu para marcar mais um, a acabar, na altura do desespero ucraniano. Um desespero que será ainda maior no pós-jogo.