A Eslováquia, bem melhor do que no primeiro jogo, superou a Rússia no primeiro encontro desta quarta-feira, ganhando um novo fôlego no grupo B do Europeu. Uma grande primeira parte deu vantagem decisiva, que os russos só conseguiram ameaçar perto do fim. E Hamsik fez um golaço, num jogo que trouxe uma nova ameaça para a Rússia sair cedo da competição: depois do capítulo fora do relvado, também no plano desportivo o cenário está em risco.
Que diferença desta Eslováquia para a do primeiro jogo! Claramente beliscados pela derrota inaugural contra o País de Gales, os homens de Kozák não quiseram que ficasse a ideia da inoperância criativa que derivou desse jogo e a postura, sobretudo do setor intermédio, foi claramente diferente.
O selecionador da Eslováquia foi para este jogo com algumas mudanças: Hubocan voltou à defesa (e notaram-se logo diferenças na segurança), o experiente Pečovský foi para médio defensivo, Duda surgiu na frente e Mak passou mais para o lado direito, em troca com Kucka. Mudanças como o treinador tinha prometido e que também registaram melhorias porque alguns dos que se mantiveram deram bem mais.
E, ao intervalo, o jogo parecia praticamente resolvido, apesar da dupla alteração de Slutsky. A intenção até poderia ser boa, mas a equipa pouco (muito pouco) melhorou. Totalmente amarrada a meio-campo, também não soube ser prática num jogo mais direto - tendo Dzyuba e Kokorin, porque não optar por um jogo mais direto?
E eis que, do nada, isso surgiu, com efeitos práticos. Numa simples triangulação, elaborada pelo incansável Shatov (o melhor dos russos), o cruzamento surgiu e o cabeceamento foi certeiro, devolvendo a incerteza à partida.
Daí em diante, foi um tal sofrer. Os russos por se galvanizarem e passarem a ocupar totalmente o meio-campo adversário - algo que não estava a acontecer. Os eslovacos porque tiveram que se recolher na retaguarda, típico de quem tem um resultado precioso para defender.