O Benfica conquistou a sua sétima Taça da Liga. Goleada em Coimbra (2x6), no dia da despedida de Renato Sanches e num jogo onde Nico Gaitán entrou a chorar e saiu lavado em lágrimas.
Entre festejos do tricampeonato e a despedida de Renato Sanches, o Benfica cedo forçou o Marítimo a erros e a perdas da bola em zonas próximas das redes insulares. Colecionando minutos de produção interessante, a turma de Rui Vitória não se livrou de um ou outro susto (fruto da acutilância dos homens da frente do Marítimo), que Ederson foi resolvendo com serenidade.
O Marítimo precisava de uma boa dose de superação e tentava suster o ímpeto encarnado com correções defensivas de posicionamento enquanto se desenrolava o jogo. A verdade é que o Benfica forçou e chegou ao golo. Aos 11 minutos, lance confuso de ataque, com Grimaldo a meter em Mitroglou, o grego tenta o remate mas a bola acaba nos pés de Jonas, quando um defesa do Marítimo tentava o corte, e o Pistolas só teve de empurrar.
Se é verdade que o Marítimo tentou reagir, procurando a baliza do Benfica e tendo maior iniciativa, também não deixa de ser verdade que Ederson foi estando em todas (ou quase todas, já lá vamos). Impressionante a coragem e concentração do jovem brasileiro, que festejou mais um golo da sua equipa, aos 38'. Grimaldo desmarcou Gaitán que cruzou atrasado para Mitroglou, livre de qualquer marcação, rematar de primeira perto para o terceiro. Porém, quando já se esperava pelo intervalo, João Diogo reduziu para o Marítimo, aproveitando uma saída em falso de Ederson, após desmarcação de Fransérgio. 1x3 em tempo de descanso.
No retomar da história, o Marítimo foi tendo mais bola e tentando rondar as redes de Ederson. Mas ficou sempre a ideia de que o Benfica se sentia confortável no terreno com isso, apesar de ter perdido o domínio no meio-campo (recuperado com a entrada de Talisca). Se Ederson ia apresentando algum nervosismo e Luisão fosse cometendo erros de posicionamento, o desgaste já era muito nos jogadores das águias que pareciam desligados do encontro e só esperavam pelo apito final. Enquanto isso, o Marítimo dava tudo para reentrar no encontro.
Mas foi o Benfica que chegou o quarto e com nota artística. Aos 77', Talisca isolou Jonas que não foi egoísta e meteu para Gaitán que finalizou com mestria e classe. Olhou o público em redor, beijou a águia ao peito e o público rendeu-se ao camisola 10. Pouco depois saiu e foi chorar como um menino para o banco. Enquanto isso, dentro de campo, o árbitro assinalou falta de Samaris sobre Alex Soares, no vértice da área, e marcou penálti que Fransérgio concretizou. Ainda assim, o Benfica chegaria ao quinto, aos 90', por Jardel e Raúl Jiménez, de penálti, nos descontos, fez o sexto, depois de uma falha de Haghighi.
Fim de época para o Benfica em ritmo de festa e euforia, em Coimbra, ao som do Bailando de Enrique Iglésias que se ouviu no sistema sonoro para delírio dos tricampeões nacionais.