Quem tem Jonas arrisca-se a ter golos, vitórias e pontos. Que o diga o Benfica! O avançado brasileiro é de forma destacada o melhor marcador do campeonato e tem uma média superior a um golo por jogo (18 golos em 17 jogos). Na Choupana, o avançado brasileiro assinou um «hat-trick» e foi fundamental na obtenção dos 3 pontos por parte da equipa de Rui Vitória frente ao Nacional da Madeira, continuando empatada com o FC Porto no segundo lugar, a 4 pontos do líder Sporting.
Num jogo com 83 minutos, mais compensações – os primeiros sete minutos foram ainda disputados este domingo à noite enquanto o nevoeiro deixou – e que foi reatado através de um pontapé de canto a beneficiar o Nacional, o Benfica deu o primeiro sinal de perigo logo nos primeiros segundos, ganhando na sequência desse canto e, num contra-ataque veloz, Carcela apareceu em boa posição mas Rui Silva negou-lhe o golo.
O início prometedor dos encarnados permitiu-lhes continuar por cima do jogo. As águias entraram fortes e impuseram-se no meio-campo defensivo do Nacional. Com uma pressão alta obrigaram os madeirenses a perder a bola em zonas recuadas e por isso foram criando situações para marcar até inauguraram o marcador por intermédio de Jonas. Aos 14 minutos, Lisandro López obrigou Rui Silva a uma defesa segura, mas minutos depois o golo surgiu. Jonas ainda perdoou uma vez, quando foi assistido por Renato Sanches, mas logo a seguir não desperdiçou a possibilidade de colocar os bicampeões em vantagem, ao cabecear para o fundo da baliza após excelente cruzamento de Carcela.
A vantagem do Benfica ajustava-se ao reinício de jogo, mas o golo teve um efeito contrário àquele que era, certamente, pretendido por Rui Vitória. Os encarnados pareceram adormecer à sombra da magra vantagem, baixaram o ritmo e o Nacional da Madeira aproveitou para subir no terreno e tornar-se mais perigoso. Em dois lances consecutivos, Soares ameaçou a baliza de Júlio César, mas o tento do empate apenas surgiu na segunda parte, quando o avançado brasileiro aproveitou uma desatenção na defesa encarnada para restabelecer a igualdade. A formação de Manuel Machado entrou melhor na etapa complementar e foi com justiça que chegou ao 1x1.
Com o golo do Nacional e com os madeirenses por cima do jogo, a partida ameaçava tornar-se complicada para o Benfica mas, como está escrito no início desta crónica, quem tem Jonas arrisca-se a ter golos, vitórias e pontos. Nas primeiras vezes que os encarnados chegaram à área madeirense na segunda parte marcou. A eficácia de Jonas aos 57 minutos, após assistência de Raúl Jiménez, e aos 63 minutos, na sequência de um cruzamento de André Almeida, foi a chave que fechou definitivamente a partida, mas não o resultado, pois Mitroglou ainda entrou a tempo de inscrever o nome na lista de marcadores.