O Sporting venceu, esta terça-feira, o CSKA Moskva, por 2x1, na primeira mão do play-off da Liga dos Campeões. Não foi tudo brilhante, o golo russo atrapalha as contas para Moscovo, mas o golo de Slimani na reta final deixa o leão em vantagem na eliminatória.
Com a entrada, nada de errado. Os primeiros 20 minutos foram tudo aquilo que se pedia ao Sporting. Agressivos, virados para o alvo Akinfeev e dominadores. A recompensa foi o golo de Teo Gutiérrez, aos 12 minutos. O pior veio depois. O leão decidiu baixar a guarda e o comportamento defensivo perdeu intensidade; e as feras vindas da Rússia não perdoaram.
Por essa altura, já a partida tinha perdido o selo qualitativo do leão. É certo que houve aproximações perigosas – Slimani teve duas, por exemplo, aos 39' e 51' -, mas o jogo nunca mais foi o mesmo daqueles primeiros 20 minutos. O meio-campo leonino foi perdendo a consistência e deixou que o CSKA jogasse onde não devia; onde não podia. Tanto, que Jesus sentiu necessidade de lançar Aquilani à hora de jogo.
O sacrificado foi Bryan Ruiz. Em teoria, nada mudava. João Mário caiu para a esquerda que era do costa-riquenho e Aquilani assumiu a posição mais fixa de «seis», em parceria com o mais «solto» Adrien. Na prática, os efeitos também foram mínimos. A equipa procurou quase sempre as alas – quase sempre Carrillo – e a tenência era servir Slimani. O argelino batalhou, teve oportunidades, mas era tudo muito curto; mas ia mudar, sobretudo com Gelson em campo - na ala - e Carrillo no meio.
Quando o empate pairava sobre Alvalade, Slimani acertou no alvo, já com André Carrillo no apoio. O peruano serviu o argelino de calcanhar e o avançado, de pé esquerdo, bateu Akinfeev para o 2x1. Um grande golo que reinventava a esperança de quem já fazia contas à vida para Moscovo. A manta é curta, é certo, mas aquece o suficiente para não matar a esperança.