Num grande jogo de futebol, a Juventus ganhou vantagem em Turim frente ao Real Madrid. Os italianos foram ansiosos na primeira parte, mas muito mais eficazes (ofensiva e defensivamente) na segunda. Allegri teve clara ação nisso e o técnico foi o maior obreiro desta vantagem que, contudo, deixa tudo em aberto para o Santiago Bernabéu.
A primeira parte pode-se caracterizar desta forma. Com duas equipas muito experientes e matreiras, até nem era este o cenário esperado, pois as cautelas costumam ser enormes a este nível, onde os erros são muito mais facilmente expostos. Só que não foi isso que aconteceu.
O Real Madrid entrou desconcentrado na sua defensiva, estranhando a figura de Sergio Ramos no meio-campo e mostrando apatia na defesa. Por isso, o golo de Morata não surpreendeu. Só que a Juventus também não soube ser inteligente após se colocar em vantagem. Os madrilenos reagiram bem e cresceram na partida e os bianconeri não estancaram o fluxo de futebol.
Depois do intervalo, o desafio mudou. Isco caiu fisicamente, James, depois de uma grande primeira parte, passou a ter muito menos espaço. O Real Madrid ressentiu-se, pois a Juventus foi bem mais serena a abordar os vários momentos do jogo.
Se, na primeira parte, a Juventus foi ingénua, na segunda acabou por ser o Real, que depois teve que correr atrás de o resultado frente a uma equipa bem mais cerebral e que já soube ser eficiente na abordagem ao adversário.
Linhas muito mais recuadas, convite à circulação e principais unidades anuladas. Ronaldo, por exemplo, desapareceu. Bale tinha que sair muito fora da área para ter bola e, do lado direito, não rende metade do que rende no outro posto.