Confirma-se a tendência do Belenenses para «roubar» pontos ao Sporting esta temporada. Após o empate a uma bola em Alvalade na primeira volta, os azuis do Restelo voltaram a empatar os leões pelo mesmo resultado, o que coloca os verdes e brancos mais longe do título caso o Benfica derrote o Vitória de Setúbal. Mas o empate é uma espécie de mal menor para o conjunto de Marco Silva, que chegou à igualdade apenas no último lance da partida.
No Restelo, o Sporting foi a equipa que entrou melhor e que durante os primeiros 20 minutos mais procurou a baliza adversária e teve a melhor oportunidade para marcar nos pés de Fredy Montero, mas Ventura defendeu o remate do colombiano após um erro de um jogador do Belenenses. No entanto, a formação orientada por Lito Vidigal claramente dava a iniciativa de jogo aos comandados de Marco Silva e defensivamente procurava anular João Mário, impedindo que a equipa leonina pudesse criar desequilíbrios pela zona interior.
Aos poucos, o Belenenses foi reequilibrando a partida e conseguiu subir mais no terreno, tendo estado perto de inaugurar o marcador através de um remate perigoso de Miguel Rosa, que, apesar da marcação de Tobias Figueiredo, conseguiu fazer a bola passar muito perto da barra da baliza de Rui Patrício.
A partir do momento em que o Belenenses equilibrou o encontro, o Sporting manteve uma postura dominadora sobre a partida, mas sem criar situações para marcar. Nesse sentido, o treinador dos verdes e brancos não foi de modas e ao intervalo decidiu tentar mexer com o jogo, deixando nos balneários João Mário e Fredy Montero, lançando em campo Carlos Mané e Junya Tanaka.
A turma da casa tinha conseguido anular João Mário e a verdade é que Carlos Mané pouco mais acrescentou. Já Tanaka permitiu ao Sporting ter mais presença na área, mas esteve pouco interventivo porque a defesa do Belenenses conseguiu quase sempre manter-se coesa e organizada, impedindo os atletas leoninos de criarem desequilíbrios e consequentemente oportunidades para marcar.
Quanto ao Belenenses, na etapa complementar apostou no jogo direto para Rui Fonte, mas raramente incomodou Rui Patrício. Só que a verdade é que também não precisou disso para chegar ao golo. O guarda-redes internacional português começou mal a segunda parte ao quase marcar na própria baliza, devido ao facto da bola estar escorregadia. Porém, aos 69 minutos o erro não teve emenda. Num lance em que Paulo Oliveira protegeu a bola até esta chegar a Rui Patrício, o guarda-redes teve azar no pontapé que deu no esférico e rematou-o contra o defesa. Rui Fonte, atento, aproveitou o deslize e inaugurou o marcador, estreando-se a marcar no campeonato.
Como era expectável, a partir do momento do golo do Belenenses, o Sporting lançou-se mais para o ataque em busca da recuperação. A aposta passou pelos corredores, especialmente pelo esquerdo, onde Jefferson procurou constantemente aparecer no ataque, mas a partir do momento em que Cédric Soares viu o segundo cartão amarelo aos 83 minutos, a situação ficou mais difícil. Porém, se os azuis do Restelo chegaram ao golo numa jogada de infelicidade de Rui Patrício, o mesmo aconteceu com os leões. No último lance da partida, Jefferson cruzou para a área, João Meira ao tentar o corte mandou a bola ao poste e Carlos Mané, oportuno, restabeleceu a igualdade, dando justiça ao marcador. Foi, no entanto, uma espécie de mal menor que deixa o título mais longe.