O Benfica é o primeiro finalista conhecido da Taça da Liga, depois de ter e ganho ao Vitória de Setúbal por 2x0 e consequentemente terminado com o sonho dos sadinos de voltar à final de uma competição em que fez história, ao tornar-se no primeiro vencedor da prova.
Tal como se previa, Jorge Jesus promoveu várias alterações na equipa inicial, em que apenas quatro jogadores que foram titulares em Alvalade contra o Sporting mantiveram o estatuto. O Vitória de Setúbal, sem poupanças em busca do sonho e do objetivo de marcar presença na final de Coimbra, procurou aproveitar o menor entrosamento entre os atletas encarnados e até começou melhor a partida.
Com a equipa solta e a conseguir jogar no meio campo ofensivo, Bruno Ribeiro viu o Vitória de Setúbal a criar uma clara oportunidade de golo aos quatro minutos, praticamente no lance a seguir ao de Suk, que ficou a pedir uma grande penalidade de Lisandro López. Dimitrios Pelkas, após bom passe de Advíncula, esteve quase a inaugurar o marcador e o que valeu ao Benfica foi um corte de carrinho de Lisandro, que impediu que o esférico entrasse dentro da baliza de Artur Moraes.
Os primeiros minutos foram do Vitória de Setúbal, mas aos poucos o Benfica foi equilibrando e percebia-se que sempre que conseguia meter velocidade no jogo causava muitas dificuldades aos atletas sadinos. Isso ficou bem evidente num remate às malhas laterais de Gonçalo Guedes, mas foi no final da primeira parte que o jogo e a eliminatória ficaram praticamente resolvidos.
Hélder Cabral teve que ser substituído devido a lesão e foi Advíncula o jogador escolhido para atuar como lateral-esquerdo. O peruano, no entanto, foi infeliz e viu o árbitro assinalar uma grande penalidade por falta sobre Gonçalo Guedes. A decisão de Rui Costa entende-se, mas o cartão vermelho mostrado ao jogador do Vitória de Setúbal parece ter sido exagerado. O próprio ficou surpreendido quando viu a cor do cartão e saiu das quatro linhas lavado em lágrimas.
Advíncula percebia que se Lukas Raeder não defendesse a grande penalidade que muito dificilmente o Vitória de Setúbal, com menos uma unidade frente ao Benfica e no Estádio da Luz, conseguiria seguir para a final. Isso foi o que acabou por acontecer. Anderson Talisca não perdoou na hora de rematar e fez o 1x0 a quatro minutos do intervalo. E se a perder por um golo de diferença e com menos um já era difícil, pior o cenário ficou quando Pizzi, depois de uma falta de Paulo Tavares sobre Talisca dentro da área, ampliou a vantagem para 2x0 também de penálti.
Ao intervalo percebia-se que era preciso uma catástrofe para o Benfica perder o passaporte para a final da Taça da Liga e a segunda parte foi totalmente dominada pelos encarnados. Os comandados de Jorge Jesus, com tranquilidade e de forma natural, criaram várias oportunidades e foi sem surpresa que aumentaram a diferença no marcador, com Jonas a concluir uma bela jogada de entendimento entre Derley e Ola John aos 73 minutos. Houve ainda tempo para Rúben Amorim voltar à competição, depois de se ter lesionado em agosto, logo à segunda jornada, no Estádio do Bessa frente ao Boavista.