Sob pena de poder ver o Benfica aumentar a vantagem na frente do campeonato, o FC Porto chegou aos Barreiros sem margem de erro. No entanto, os comandados de Julen Lopetegui não foram capazes de iniciar a segunda volta com o pé direito e a derrota frente ao Marítimo coloca os dragões bem mais distantes da recuperação do título de campeão nacional.
A velocidade do extremo emprestado pelo Barcelona para jogar pelos flancos fez falta na primeira parte. A presença de Quintero visava privilegiar a forma habitual de jogar de jogar do FC Porto, com a bola na sua posse. No entanto, o jogo tornou-se demasiado canalizado (e previsível) para Ricardo Quaresma, que acabou por ter a melhor oportunidade para marcar, quando driblou Rúben Ferreira e viu Salin defender o remate executado com a parte exterior do pé. Estavam decorridos 41 minutos.
Nessa altura já os dragões estavam em desvantagem no marcador. O Marítimo conseguiu resistir ao maior ascendente do FC Porto na partida e a base da resistência teve essencialmente dois pilares: Danilo Pereira e Fernando Ferreira, os dois médios madeirenses com características mais defensivas e que «secaram» Óliver Torres. Aliado a isso, a equipa treinada por Leonel Pontes foi eficaz, aproveitando a primeira situação que teve para marcar para inaugurar o marcador através de um remate de belo efeito de Bruno Gallo, apesar da oposição de Maicon. Fabiano não teve qualquer hipótese de defesa para impedir o golo à passagem da meia hora.
Na segunda parte, já com Tello no lugar de Quintero, a toada manteve-se. O FC Porto teve mais bola, o Marítimo raramente se aproximava da área do adversário e a primeira grande ocasião dos dragões na etapa complementar surgiu na sequência de um canto, em que Casemiro e Bruno Martins Indi, apesar de estarem em boa situação, não conseguiram bater Salin.
Aconteceram as alterações e logo a seguir foi por manifesta falta de sorte que o FC Porto não chegou ao empate. Cristian Tello rematou ao poste e na recarga, Ricardo Quaresma defendeu para defesa de Salin. O guarda-redes francês mostrava-se intransponível e tornava-se no principal responsável pelo facto dos visitantes ainda não terem chegado ao empate.
No último quarto de hora, os dragões ainda jogaram em superioridade numérica, depois de Gonçalo Paciência ter sofrido falta de Rúben Silva e do defesa do Marítimo ter visto o segundo cartão amarelo. Porém, a equipa de Leonel Pontes manteve a organização defensiva e mesmo nos momentos de maior aperto teve coração para segurar a vantagem, regressar às vitórias e atrasar o FC Porto na luta pelo título.