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Os italianos atacavam pela direita, Tostão que recuara no terreno para ajudar a defesa, recupera a bola e atrasa a bola para Piazza que a entrega a Clodoaldo que avança no terreno enquanto os italianos se aproximam. Clodoaldo arranca e finta um, dois, três e ainda um quarto transalpino, antes de deixar a redondinha nos pés de Rivelino junto à linha lateral.
Este lança a bola em profundidade, num passe de quarenta metros para Jairzinho, que a domina com mestria junto ao flanco, antes de flectir para o meio, onde finta um e depois outro italiano, deixando o esférico em Pelé.
Este pára a bola, pressente a corrida de Carlos Alberto a entrar pela direita, sem nunca olhar para o lado, com calma e uma mestria apenas ao nível dos predestinados, entrega a bola para o espaço vazio onde entra a correr o lateral direito Carlos Alberto, que remata de primeira, cruzado e seco para o fundo das redes de Albertosi.
Era o quarto golo do Brasil na final contra a Itália, no Estádio Asteca na Cidade do México. Faltavam quatro minutos para o fim da partida, e o Capitão brasileiro selava com o seu golo a vitória de 4x1 sobre a Squadra Azzurra.
O Brasil era tricampeão do mundo, Carlos Alberto marcara aquele que é considerado o melhor golo em jogada coletiva da história, terminando em beleza um torneio em que a «canarinha» apresentou o futebol mais fabuloso que o mundo jamais vira.
Carlos Alberto pode gabar-se de ter marcado um dos golos mais recordados da história do futebol. Quiçá o mais belo! O golo de Maradona contra a Inglaterra terá sido a melhor jogada individual de sempre. O de van Basten contra a U.R.S.S terá sido o melhor remate da história.
Mas se o futebol é antes de tudo mais um jogo coletivo, que dizer de um golo em que sete jogadores da equipa participam na jogada e é finalizado com tão portentoso remate? Ainda para mais se lembrarmos o por«maior» de ter sido apontado na final do Campeonato do Mundo?
Nascido na «Cidade Maravilhosa», a 17 de julho de 1944, cresceu para o futebol no Fluminense, e foi ao serviço dos tricolores que começou a dar cartas no futebol brasileiro, impondo-se como titular com apenas 19 anos.
Mudou-se para o , onde ao lado do Rei Pelé e Clodoaldo, brilhou no clube da Vila Belmiro, que era então considerada a melhor equipa do mundo. Vestiu a mítica camisola alvinegra do «Peixe» por 445 vezes, marcando 40 golos.
No auge da sua carreira e após a sua brilhante participação no Mundial do México em 1970, voltou ao Rio em 1971 para jogar no Botafogo durante uma época. Não foi muito feliz e voltou para .
Regresso ao Rio, passagem pela América
Em 1974 regressou ao seu querido «Flu», onde faz parte de uma equipa histórica que contava também com Revelino e que ficou conhecida como a «Máquina Tricolor». Bicampeão carioca em 1975 e 1976, semi-finalista dos campeonatos brasileiros nessas duas épocas, passou então para o rival Flamengo, onde jogou pouco, antes de rumar aos campeonatos dos E.U.A. onde queria ganhar uns dólares antes de pendurar as chuteiras...
Em terras do Tio Sam juntou-se ao colega e amigo Pelé na mítica constelação de estrelas em pré-reforma que era o Cosmos de Nova Iorque, onde também alinhava Franz Beckenbauer.
Quatro vezes campeão da América do Norte, passou ainda uma época pelo California Surf, onde além de amealhar mais uns dólares, gozou as maravilhas do sol californiano. Em 1982 deu por terminada a carreira, regressando ao Brasil onde iniciou a carreira de treinador.
No «escrete», atingiu 53 internacionalizações entre 1964 e 1977, participando num mundial, onde foi titular e capitão, tendo o direito de erguer a Taça Jules Rimet.
Craque sem igual, apontado como melhor defesa direito da história do futebol, foi considerado um dos 125 melhores jogadores de sempre da FIFA, fazendo parte do onze de todos os tempos do futebol sul-americano ao lado de craques como Di Stéfano, Maradona, Pelé ou Garrincha...